Como previnir a Acidose Ruminal
Cuide da alimentação do seu gado e previna a Acidose Ruminal
Geralmente, o principal ingrediente presente na dieta das vacas leiteiras vem das forrageiras que contêm altas concentrações de fibras que permitem ser digeridas lentamente no rúmen e não causam a produção de ácido láctico. Porém, muitos pecuaristas utilizam alimentos concentrados na forma de grãos para aumentar o consumo de energia e o desempenho do animal, especialmente os de alta produção. Essa adição de carboidratos pode prejudicar a microflora ruminal, causando a Acidose Ruminal.
A acidose é uma doença metabólica ocasionada pelo alto consumo de amidos e carboidratos, isto é mudanças bruscas no regime alimentar sem adaptação da microflora ruminal. Ocorre em bovinos de todas as idades, e é mais comum em animais confinados. Como todas as doenças, a acidose traz prejuízos ao produtor, pois afeta diretamente a produção de leite podendo serem perdidos até 2 litros por dia.
Sintomas
Os sintomas podem ser observados após 12 a 24 horas após a ingestão elevada de carboidratos:
- Fezes pastosas, moles, com coloração anormal, mucosa pálidas, febre, respiração acelerada, desidratação, diarreia;
- Olhar fixo e andar cambaleante;
- Pelos arrepiados.
Prevenção
Prevenir ainda é o melhor remédio para o produtor leiteiro. Por isso, a medida recomendada é o controle da alimentação dos animais para evitar que haja a ingestão inadequada de alimentos, como grandes quantidades de grãos sem a adaptação necessária.
Em uma dieta que envolve o uso de grãos é importante que eles sejam introduzidos gradualmente para que haja uma boa adaptação. Sendo assim, não se deve fornecer mais que 0,3% do peso vivo do animal em grãos e não fazer mudanças bruscas.
Tratamento
A primeira etapa do tratamento é a suspensão de alimentos concentrados. Para casos leves de acidose, recomenda-se utilizar bicarbonato ou carbonato de magnésio (200-450 g/animal) sendo necessário o uso da sonda para retirar o conteúdo ruminal.
Geralmente a orientação é o uso de óleos e antifermentativos para auxiliar a evacuação e para reduzir a absorção dos ácidos e das toxinas. E também de antibióticos específicos para controlar o crescimento de bactérias produtoras de ácido láctico.
O tratamento da doença é complicado principalmente em vacas de alta produção por conta da alimentação, mas a prevenção é certa.
Fonte: Trabalho elaborado por alunos do Curso Técnico de Agropecuária da Academia do Leite/Fundação Roge: Bruno Meireles, Igor de Souza, João Pedro, Luiz Felipe Bernardes. Orientação: Professor Bruno Guimarães